A comédia romântica dos cientistas que tentam provar seu amor através da ciência está de volta!
As continuações dos animes começam a aparecer e hoje irei falar da estreia da segunda temporada de “Rikei ga Koi ni Ochita no de Shoumei Shitemita”. A continuação trouxe um ar um pouco diferente do que vimos na temporada passada, causando um certo estranhamento da minha parte.
Sinopse: “O que acontece quando um garoto e uma garota apaixonados por ciência e pesquisa se apaixonam?
Ayame Himuro faz pós-graduação na Universidade de Saitama, e resolveu chamar seu colega de laboratório, Shinya Yukimura, pra sair. Naturalmente, o amor tem razões que nem a razão compreende! Mas ela seria um fracasso de engenheira se não fosse capaz de provar logicamente que o amor não existe. Com isso em mente, o casal envolve o resto do laboratório inteiro em experimentos para comprovar a existência do amor. Muitas risadas e momentos emocionantes nesta comédia romântica científica!” Fonte: Crunchyroll
Depois de quase 2 anos, “Rikei ga Koi” está de volta! Na época assisti pouco depois da conclusão da transmissão da 1ª temporada. Sendo bem sincero, não lembro de muita coisa da temporada anterior, já que faz quase dois anos desde que assisti e não revi de lá para cá. O mais próximo que cheguei dele nesse período foi de ver a OP e ED de forma corriqueira. Eu só lembro de poucos eventos e momentos marcantes, algumas piadas, e o mais forte que tenho lembrança é da sequência final da temporada. E falando de forma bem superficial, tendo em vista o que me lembro, essa estreia mantém muito da dinâmica dos personagens e segue muito divertido. A estrutura principal do que a série se molda é muito parecido ao que vimos anos atrás. Se você ainda não assistiu ao anime e, por algum motivo, resolveu ler esse post, recomendo muito a animação. Tem uma review aqui no blog caso lhe interesse. Dito isso, a partir daqui, vou entrar mais em um campo de coisas que estranhei nessa estreia e fazer algumas reflexões sobre meus sentimentos quanto à ela.
Como comentei acima, em termos de estrutura, a série continua na mesma pegada. Dentro do episódio são construídas diversas situações envolvendo um tema específico até chegar no ponto principal da piada. Diferente de alguns outros animes que você tem uma clara demarcação do começo, meio e fim da piada, mudando o foco na próxima, “Rikei ga Koi” segue trabalhando o mesmo tema ao longo do episódio e a linearidade dos eventos é mantida. E até pelo objetivo ser sempre o mesmo (descobrir uma ‘fórmula do amor’), os eventos precisam se conectar.
Agora só com as poucas recordações que tenho do anime no passado, tive uma “quebra” quando a personagem Sui é apresentada, me parecendo muito deslocada. Tivemos a introdução da Sui e do Chris, ambos estudam na área de Biologia (logo biologia…) e possuem uma estranha obsessão por ocitocina e análises de saliva. A Sui tem um jeito muito sensual e a voz dela é sempre sussurrada, quase como se estivesse em êxtase (ou transando). Ela por si só, acaba sendo um tanto destoante por ser diferente do que tinha sido apresentado até então. E juntou-se ao fato de eu não lembrar de muita coisa da história, com a minha visão de uma história mais bobinha e sem os apelos sexuais, de personagens que não sabem lidar com sentimentos, sendo céticos, etc., me gerou essa estranheza. Acontece que no ponto que a história acaba na 1ª temporada, damos início a uma nova fase da história e aí que entra a Sui e seu modo de ser.
Por eu não estar esperando por aquilo, passei grande parte do episódio incomodado – embora eu risse com algumas piadas – e só fui aceitar a personagem mais para o final, quando ficou claro que ela em si é uma piada. É um contraponto ao casal principal e juntamente do Chris, eles formam um degrau que está acima do que os protagonistas têm atualmente. O momento de compreensão e aceitação da personagem por mim vem justamente na piada do deitar no colo e fazer carinho. Fica mais claro que ok, os personagens são tão bobinhos quanto a Ayame e o Shinya. Eles só estão um ‘pouco’ acima do casal principal. Esse contraste entre as duplas, vai ocasionar em “forçar” o Yukimura e a Himuro a avançarem. É o que vai fazer eles se movimentarem durante essa temporada de Rikei ga Koi.
E se a Sui representa um estereótipo de sensual, o Chris vai para o lado de representar uma visão de “ikemen europeu”. Desde o nome até o modo de agir e suas roupas, com esse apelo a um lado mais ocidental. E por tabela, o Chris tem essa aura de que ele é encantador e que as garotas se apaixonam por ele. No fim, o Chris e a Sui, como a Kanade diz, são um casal de idiotas também. Eles ficam constrangidos com certas coisas, tem seus momentos fofos e o mais longe que eles parecem terem chegado foi de beijar naturalmente e deitar no colo do outro. Inclusive, as referências à “Dragon Ball” (ou pelo menos eu imagino ter sido uma referência) como se eles tivessem se transformado em Super Sayajins, foram maravilhosas.
No geral, o foco dessa temporada parece ser mais na produção de hormônios ligados a ações físicas dos personagens. Portanto, o que eu acredito que veremos nesses episódios, vão ser os personagens tendo um maior contato físico, o que é bem diferente do que vimos anteriormente. No final do episódio, eles se beijam na sala, coisa que levou 12 episódios para acontecer na temporada passada. No inicio, eu estava preocupado com a adição da Sui ao elenco, porém ela e o Chris como um todo, pode ser bem interessante na perspectiva de movimentar e renovar os ares da série. Vamos ver que tipo de contato físico e quais avanços esse relacionamento, ou melhor, essa pesquisa terá! Estou curioso para onde vamos.
A produção continua no mesmo pique da temporada passada. A direção é ok, mas o roteiro e os personagens são o que de fato sustentam a série. A animação me parece um pouco mais pobre, porém pode ser só impressão mesmo. E não gostei tanto da OP e da ED como eu esperava, o que é uma pena, já que eu amava suas antecessoras.
Por fim, a termos de curiosidade, um amigo que é físico (beijinho, Lucas <3), me contou que a coordenada no título dessa temporada “r=1-sinθ”, forma um coração. Gosto dessas coisas, pois mostra uma dedicação da staff em manter uma ‘veracidade’ no aspecto dos experimentos ^^.
O anime está disponível na Crunchyroll