Eu tento não ser um “reclamão”, mas a editora pede para que isso aconteça…
Na noite do dia 7 de agosto, sexta-feira, a editora JBC lançou mais um ‘JBC Bits’ contendo mais informações sobre os títulos da editora. Tivemos a presença da Amanda Freitas, autora de “The Flower Pot”, mangá BL nacional que deve ser lançado em breve pela editora, e como já mencionamos no título da postagem, teremos mais uma seção de opiniões ^^.
Assinaturas:
Como vem sendo dito desde programas atrás, a editora vêm estudando fazer assinaturas de diversas de suas obras. Nesse programa voltou a falar nisso e a editora reafirmou que teremos assinatura para “Battle Angel Alita Last Order”, dos volumes 7 ao 12 (o décimo segundo é o tomo final). Também teremos uma segunda modalidade de assinatura indo do volume 6 ao 12, para aqueles que ainda não compraram o volume 6 :). O mesmo com “Os Cavaleiros do Zodíaco Saint Seya Kanzenban”, que terá assinatura tanto dos volumes 18 ao 22 (FINAL), como do 17 ao 22.
“Vendi Minha Vida a 10 mil Ienes por Ano”, ops… Quero dizer, “I Sold My Live for Ten Thousand Yen per Year” – segurem esse nome, eu comentar MUITO sobre ele – também terá assinatura com os 3 volumes da coleção (a obra é completa nesses 3 volumes). A chegada da obra está marcada para setembro e os 3 volumes serão lançados de uma só vez. “Sakura Wars” terá assinatura tanto com os 3 volumes da obra, como só dos volumes 2 e 3 (FINAL), para aqueles que já adquiriram o primeiro.
“My Hero Academia” também terá assinatura e este deve ir do volume 25 ao 27, sendo o último volume lançado no Japão. A editora não confirmou os números exatos, só comentaram que a assinatura iria da onde eles pararam, até o volume mais atual japonês que no caso, é o 27. Também não foi confirmado por eles, mas devemos ter uma assinatura incluindo o volume 24 em diante, assim como eles vêm fazendo com outros títulos.
The Flower Pot:
A editora JBC falou pela primeira vez de forma decente e completa, sobre o primeiro título que irá entrar no Selo START!, dedicado a obras nacionais. A obra é um BL soft segundo a editora e deve ser lançado em breve em formato digital, POD (Print on Demand = impressão por demanda) e terá a edição física disponível para ser comprado na Japorama, loja da editora.
Para quem está perdido no rolê e não sabe o que é esse selo, eu explico: recentemente eu fiz um thread falando do selo e do quão precário foi a divulgação do mesmo. Vou deixar ela linkada aí embaixo. Mas basicamente, a editora anunciou esse selo no Henshin+ – evento da editora para contar novidades – junto com o JBStudio, outro selo para a criação de projetos nacionais. Porém, a divulgação desses dois foi horrorosa. Muitos sequer tinham ouvido falar deles, e olha que são pessoas que acompanham o mercado de perto. A editora comentou do START em três oportunidades:
- Quando anunciaram o selo;
- No começo do ano quando anunciaram as primeiras obras do START;
- E mais recentemente, já que está perto do lançamento das obras.
Nenhuma das três foi feita de forma incisiva, além de todas terem um espaçamento MUITO grande de divulgação. Quando voltavam a falar do selo, o pessoal já tinha esquecido, ou era algo tão precário que muita gente sequer viu, ainda mais que praticamente não foi divulgado nas redes sociais da editora. Se você nunca ouviu falar dele, você não é o único e nem tem obrigação de saber dele, já que quase não foi comentado – depois reclamam que há preconceito com obras nacionais -_-.
Enfim, a autora da obra – Amanda Freitas – comentou um pouco mais sobre a obra, o processo de produção do título, como ela desenha, os programas que usa e como foi para adaptar a obra para o formato impresso (originalmente a obra foi publicada como webtoon). Durante a live ainda colocaram algumas ilustrações presentes na obra e a sinopse que estará logo abaixo ^^. Ainda comentaram que a edição da JBC teremos material extra em relação ao material do webtoon e foi confirmado que têm páginas extras, tanto em história como em material editorial. A versão impressa e o POD terão brindes. Sabe-se que teremos marca página, mas a editora está desenvolvendo outros mimos, aos quais não foram especificados e vendo o que a Amanda acha deles. O volume terá 192 páginas. Ainda não teve preço revelado e vale dizer que a capa será diferente também ^^.
Sinopse: “Pio é um jovem tímido que trabalha em um restaurante de uma pequena cidade. Por algum motivo, ele tenta se aproximar de Hadrian, que recentemente se mudou para cuidar da floricultura de sua avó “The Flower Pot”.”
A editora disse que ainda neste mês nós tenhamos mais anúncios de obras nacionais, mas por hora, a prioridade são para os já anunciados. Ainda foi dito que obras autorais de países do exterior podem aparecer no selo.
Anúncio do novo título da editora:
Por fim, a editora anunciou que publicará “Ping Pong”, obra de Taiyo Matsumoto. O anúncio acabou não sendo uma grande surpresa, porque o Marcelo fez duas piadas flertando com a obra, deixando óbvio que se tratava do título e que a JBC já teria os direitos. A editora ainda disse que a edição será muito especial e que logo, eles darão mais detalhes. Segundo o Marcelo, o licenciamento do mangá levou mais de um ano até ser concretizado.
Sinopse: “A história é protagonizada por Tsukimoto (“Sorriso”) e Hoshino (“Peko”). Os dois são amigos de infância que cresceram jogando o esporte de ping pong. Tsukimoto: Um garoto que usa óculos, também é conhecido pelo pessoal como alguém que não demonstra emoção, um robô como chamavam na sua infância. Ele joga ping pong para passar o tempo. Hoshino: O passional, extrovertido e carismático herói que o Tsukimoto idolatrava na infância. Joga ping pong, pois ama o esporte e odeia perder. Como o mundo cruel e duro da competição esportiva tratará os dois que são tão diferentes? E o que acontecerá em um possível encontro que os dois poderão ter como competidores para o torneio de simples do colegial?”
Opiniões:
Esse já é o terceiro JBC Bits que eu sinto a necessidade de trazer opiniões. Em nenhuma delas essas opiniões foram positivas. Eu tento ao máximo não reclamar de certas coisas. Estou sempre tentando ser positivista, ou achando que é pouca coisa, mas dessa vez não deu! Indo por partes, a JBC parece estar se esforçando para dar tiros no próprio pé. A cada vídeo são uns comentários pior que o outro, e esses que cada vez mais me fazem ficar com raiva da editora. E não é somente eu. Muitos dos leitores que nos acompanham, comentam também e falam da sua tristeza, quando comparam como a editora era no ano passado.
Antes de comentar a minha maior revolta graças a esse JBC Bits, quero destacar que a JBC enquanto falava de “The Flower Pot”, eles tentaram vender “Gravitation” como sendo um mangá BL. Qual o problema disso? Simples, Gravitation NÃO É BL! A obra é um shoujo, publicado entre 1995 e 2002, na revista SHOUJO Kimi to Boku, da editora Gentosha. O pessoal luta para o povo entender sobre demografias e não criar estereótipos em cima de uma característica da obra (exemplo: romance = shoujo; gays como protagonista = BL), mas fica complicado quando a própria editora distribui desinformação. E mais triste ainda (porque é de dar pena), ver eles se vangloriando de algo que eles publicaram nos anos 2000 (muito tempo atrás). Eles NUNCA publicaram um BL nipônico de fato. Claro que não é um problema só da JBC. A Panini vive falando que “Nisekoi” é shoujo, e mais recentemente falaram que “As Quíntuplas” é shoujo. Até a NewPOP chegou a colocar “Loveless” como BL, sendo que ele é josei (porque é publicado em uma revista josei). É por essas e outras que tem gente defendendo “Banana Fish” como BL -_-.
Mas agora falando do motivo principal da minha revolta, que se chama “I Sold My Life for Ten Thousand Yen per Year”. Lá em meados de 2019, a editora realizou uma série de anúncios e dentre eles estava “Eu Vendi Minha Vida a Dez mil Ienes por Ano”. O que isso tem a ver? Bom, “I Sold My Live” e “Eu Vendi Minha Vida” são o mesmo mangá! A editora anunciou a obra com esse nome em português, porém, no JBC Bits eles revelaram a capa nacional do volume e lá estava um GRANDE título em inglês.
Absolutamente TUDO está errado naquela capa. A começar pelo próprio nome. Por mais que eles não tenham oficializado em momento algum que o título da obra aqui seria “Eu Vendi Minha Vida…”, por que raios eles anunciaram a obra com esse nome? E pior ainda: POR QUÊ NÃO TRADUZIRAM O TÍTULO? Eu comentei várias vezes sobre isso no Twitter do blog quando saiu. O Mais de Oito Mil chegou a comentar que poderiam usar a desculpa de “A editora japonesa não deixou traduzir”, mas em uma visita rápida a Amazon FR, logo encontrei a capa do volume 1 da obra com o título traduzido para o francês e por sinal, que capa linda!
Mas os problemas não param por aí. Em uma postagem que o Mais de Oito Mil fez ontem falava sobre acessibilidade, na postagem em questão é dito que títulos muito longos no original japonês funciona como um marketing visual. Normalmente querendo te dizer algo sobre a obra e te convencer a comprá-la logo de cara. Ou até mesmo o autor querer dar um título em inglês para a sua obra para dar maior acessibilidade a outros países (ou só ter “impacto” mesmo). A questão é que essa não é uma obra extremamente famosa, que ficou conhecida pelo seu nome em inglês como o grande sucesso recente “Demon Slayer”. O inglês não é uma língua muito falada no Brasil. Também ão é como se o idioma fosse a segunda língua oficial do país. Nada disso. Ter o nome traduzido para o português poderia atrair mais gente para a obra. Se a obra chegasse aqui com o nome “O Preço do Resto da Minha Vida”, é um título muito chamativo e que pode vender a obra por si só. As editoras falam de quererem sair da bolha, mas não fazem o básico em não traduzir um simples nome!
Puxando para o meu lado, eu sou uma desgraça no inglês. Não sei o “My name is…”. Eu não consigo ler quase nada sem ter um Google tradutor do meu lado. Até agora eu não sei o que raios é “Thousand”. Que merda é essa??? (Nota do revisor: mas aí complica Alê. O Fisk não fez parte da infância desse jovem. xP) Se eles usassem o nome em francês estava mais fácil de entender, porque as palavras são mais próximas da nossa língua. E mais. Entre um título ENORME em japonês (Jumyou wo Kaitotte Moratta. Ichinen ni Tsuki, Ichimanen de.), um título ENORME em inglês (I Sold My Life for Ten Thousand Yen per Year) e um título ENORME em português (Eu Vendi Minha Vida a Dez mil Ienes por Ano), não estava mais fácil o nosso idioma?!?!?!?!
E falando nesse nome enorme, que tipografia terrível é aquela??? Está certo que a imagem não está com muita qualidade, mas mal dá para ver o “for Ten Thousand Yen per Year.” na capa. E na lombada é PIOR AINDA!!! Novamente reforço que sei que a imagem está embaçada e justificaria o quase não visualizar na lombada. Mas na frente, ainda é bem nítido. Dá para ver que tentaram fazer uma logo que casasse com os tons do cenário no fundo, mas o negócio se misturou com a capa. Usaram um tom azulado em volta da parte branca do título que fez essa mistura. E aquele vermelho? DA ONDE SURGIU AQUILO??? Eu não consigo entender da onde e porquê está ali. É para combinar com o detalhe da logo da editora? Por mais que o tom do vermelho ainda combine com o resto, seria mil vezes melhor usar tudo branco, ou mesclar com azul, que é uma cor bem presente nesse primeiro volume.
Para completar, a editora vai e enfia o nome do mangá NO MEIO DA ILUSTRAÇÃO. Na Itália fizeram quase que a mesma coisa, mas a capa francesa ficou tão perfeita! Tudo combinando com as cores, o nome está organizado direitinho na parte superior da capa. Tudo muito clean *-*. Temos um nome ENORME em uma ponta e na outra as informações dos autores com a letra do tamanho de uma formiga. E usaram o mesmo esquema da parte branca do título. Não dá para leeeeeeeer. QUE ÓDIO!!!! Ai olha, quando mais eu penso nessa capa, pior ela fica. Daqui a pouco eu acho um erro de digitação hahaha.
Eu já havia comentado em diversas oportunidades que essa era a obra que a editora tinha anunciado que eu mais estava animado para consumir, além de ser uma das minhas hypes de leituras. Eu estava muito empolgado. Quando soltaram a capa foi um balde de água fria. Sério, eu fiquei muito decepcionado. Essa capa está terrível. O que salva nela é a ilustração basicamente. Deu aquela desanimada para comprar. Eu sou extremamente difícil de reclamar de tipografia e esses detalhes. Às vezes até acho que estão reclamando atoa, mas com essa foi demais. Dá para ver um trabalho precário. É coisa de bater o olho e ver que está errado. Estou quase fazendo o que me sugeriram. Imprimir a capa francesa e colar em cima da nossa hahahaha. PS: Eu não faria isso, mas é tentador rs.
Eu só torço para que o preço da obra seja de R$ 27,90 como “Slime” e o “Vigilante”. Se for mais caro, se preparem para ver eu reclamando de novo! Acho que é isso. Nos vemos em outra postagem a qualquer momento ^^.
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